Na noite de ontem, 1, a vereadora Renata Bueno homenageou com a Medalha de Mérito Fernando Amaro o poeta, professor e médico Rosala Garzuze. A cerimônia foi realizada no plenário da Câmara de Curitiba e quem recebeu a condecoração foi o seu neto, Anael Pinheiro de Ulhôa Cintra.
Medalha do Mérito Fernando Amaro
É uma distinção honorífica literária concedida pela Câmara Municipal de Curitiba para as pessoas que se destacaram na área da literatura e poesia.
Um pouco sobre Garzuze
(via Gazeta do Povo)
Rosala Garzuze era natural do Líbano e veio com a família para o Brasil quando tinha 3 anos de idade. O pai, Assef Jorge, se fixou no bairro do Portão onde, na visão dos populares, a forte presença de mascates libaneses constituía uma espécie de “República dos Turcos”. Embora vivesse em meio a comerciantes e viajantes, Garzuze escolheu os estudos e se tornou um leitor refinado.
Estudante do então Ginásio Paranaense – atual Colégio Estadual do Paraná – teve nos anos 20 seu primeiro encontro com o professor Dario Vellozo. Conforme contou o próprio Rosala, o estudioso não percebeu. “Era orador, filósofo, contista... Meu inspirador. Mas nem me notou na sala de aula. Fui um menino muito tímido”, lembra. Mas fatalmente haveria ali um “encontro marcado”. Atraído pela oportunidade de folhear uma enciclopédia de Diderot e D’Alembert, que havia na biblioteca do Templo das Musas, Rosala tomou o bonde e bateu na porta da casa onde vivia Dario, na Vila Isabel. Fez-se frequentador do local e em 1932 se casou com Carmen, uma das filhas do mestre.
Médico de formação – tendo se aposentado como professor de Anatomia no curso de Medicina da UFPR –, Rosala Garzuze era, sobretudo, “um interessado”, como gostava de se definir. O Instituto Neopitagórico, cuja filosofia entrelaça os diversos campos do conhecimento, procurando nexos entre eles, lhe serviu como uma luva. À frente do grupo, estudou das ciências exatas à literatura, passando pela Cosmologia, a Ética ou o que mais o desafiasse.
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